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01 outubro 2010

Hábito de Leitura

Um dia desses, ao conversar com alguém sobre o hábito de ler, recebi como resposta a seguinte expressão: “Não gosto muito de ler”; o curioso foi a intenção que a expressão trouxe consigo, como se dissesse, na verdade, “tenho muito orgulho de não ler”. O choque que tive ao ver o orgulho estampado no rosto me fez mudar de assunto na mesma hora, mesmo porque algumas coisas não se mudam da água para o vinho, quanto mais contra a vontade da pessoa...

Todo mundo, desde pequeno, sempre ouviu na escola que ler trará alguma utilidade para a vida, para a carreira etc. No entanto, a vida social que os jovens começam a desenvolver nos corredores das escolas e colégios parece dizer muito mais; os primeiros flertes e beijos, a força da opinião dos colegas e as emoções envolvidas falam mais alto que os livros.  Afinal, nesta fase da vida, o que parece melhor; um livro escrito por alguém que já morreu ou ficar com uma garota desejada na escola? Ler poesia ou beijar várias bocas em uma micareta? Informar-se sobre política ou ir para a balada? É difícil fazer uma escolha dessas quando se é adolescente, sobretudo quando toda uma cultura das ruas e dos lares incentiva a escolher coisas mais imediatas. Ler está mais para luxo de uns poucos do que estratégia de crescimento.

Bem, o resultado disso é o Brasil estar situado entre os países com índice de leitura mais baixos no mundo! Os hábitos de adolescente se cristalizam e viram rotina de muitos adultos, consumidores do mercado de entretenimento em voga. Muita gente sem formação crítica, mas com opinião formada sobre vários temas,  ainda que seja com pouca fundamentação, afinal, cultivar hábito de leitura mais ativos desacomoda e tira da zona de conforto que nos colocamos desde cedo. Da mesma forma que o castigo dos que não gostam de política é ser governado pelos que gostam, os que não gostam de ler tem o castigo de ser conduzidos – ainda que seja discretamente – pelos que se informam, pelos que formam opinião e pelos que tem preparo crítico bem apurado. O mais lamentável nisto tudo é que os que gostam de política e os que tem formação crítica apurada nem sempre são as que estão bem intencionadas. Aí é que começa nosso calvário como País...

É verdade que nem sempre os livros tem preços acessíveis para grande parte da população, mas isto não deveria ser desculpa para deixar de ler; existem bibliotecas onde se pode ler gratuitamente, assim como existem lojas de livros usados, onde se pode adquirir grandes obras por preço mais em conta, assim como existem sites onde se pode baixar gratuitamente livros de domínio público, como também se pode pegar livros emprestados com amigos – desde que sejam devolvidos posteriormente, claro.

Ler abre a mente para novas idéias, novas idéias e criatividade nos tiram do determinismo que colocamos em nossas vidas;

Ler educa nossas emoções; passamos a ver a nós mesmos de forma mais crítica;

Ler desenvolve mais ligações de neurônios, com isso, ficamos mais eficazes nos processos que exijam maior controle de informações, isso faz a diferença em um ambiente de trabalho;

Ler aumenta o vocabulário e nossa capacidade de comunicação;

Ler nos torna mais exigentes com o que queremos da vida.

Poderia ficar aqui enumerando mais pontos positivos, mas acredito que seja o suficiente para começar...

Bem, o que está esperando? Procure um livro com um assunto que goste e boa leitura!

06 setembro 2010

Cidadania e Política

Há uma frase que diz que os que não gostam de política estão condenados a serem governados por quem gosta. Apesar de estarmos amadurecendo como Democracia e estarmos nos libertando de armadilhas eleitoreiras, nosso desinteresse ainda é marcante, afinal, ter que acompanhar notícias de escândalos políticos já virou uma rotina lamentável para qualquer brasileiro, trata-se de uma "árvore ruim" que permitimos crescer em nossos quintais, por longos anos. Mudar isto é papel não apenas da justiça brasileira, mas principalmente, do cidadão que melhor escolhe a apura o passado de seus candidatos. Trabalhoso? Sem dúvida, mas não há outro jeito. Democracia tem o sabor de maturidade de governar-se. Quem é dono de seu próprio nariz sabe que nem sempre é fácil, mas no final, vem aquela sensação de realização...

Poderíamos usar uma série de desculpas para justificar nosso distanciamento, mas há uma frase usada no meio dos que administram pessoas, e a relação aqui é mais do que válida:

"Não me diga PORQUE não, diga-me COMO sim."
Chega de desculpas para fazer a coisa certa, concordam? As coisas mais importantes que podemos fazer pelo nosso real crescimento está ao alcance de nossas mãos. Talvez você que lê não possa punir políticos corruptos, mas pode evitar de jogar lixo nas vias públicas, pode pedir o cupom fiscal ao comprar na padaria de seu bairro, pode votar com mais responsabilidade etc...

Poderia usar uma série de exemplos, acredito que você já saiba o que fazer, então, vamos começar...

28 agosto 2010

Cidadania Responsável

Começamos por aqui o projeto Cidadania Responsável, em que pretendemos lançar luz sobre questões relacionadas ao nosso desenvolvimento.

Sem dúvida, o Brasil passa por um momento único de desenvolvimento, mas ainda existem elementos que limitam nosso crescimento; podemos dizer que isto é responsabilidade política? Sim, podemos, mas a maior parte "da culpa" pertence à própria sociedade, que não se sente responsável pelo que ocorre. Esta responsabilidade está relacionada à falta de zelo na escolha de melhores representantes, à falta de empenho na conservação do patrimônio público e na falta de empenho em melhorar-se a si mesmo.

Provocação forte? Pode ser, mas vamos parar por aqui hoje, para deixar esta mensagem como reflexão; voltaremos para desenvolver o tema...